sexta-feira, 6 de junho de 2008

Reflexão...

Pois é...
Estes dias um amigo (colega de faculdade) me falou a seguinte frase: "Giovana, tu é sutil tanto quanto uma retroescavadeira". Claro... na hora dei risada. Achei muito engraçado. Mas... depois aquele negócio ficou retumbando na minha cabeça, repetindo, parecia refrão de música ruim. Sabe aqueles que tu quer esquecer, mas aquele inferno fica ali te atormentando? Mais ou menos assim...

Este episódio me fez lembrar, um outro dia, que fui extremamente grossa com um outro amigo, mas desta vez por e-mail, aliás, sem motivo algum, simplesmente respondi o que me veio na cabeça sem pensar, mas ele notou e eu fiquei muito sem graça... foi péssimo. E nestas horas pedir desculpas só piora a situação...

Eu sempre fui conhecida pelo meu excesso de sinceridade, falar sem medo, doa a quem doer. "Giovana, a supersincera".Mas, acho que isto está se tornando um problema, tu até pode ser sincero, mesmo que a maioria das pessoas não eteja acostumada com este tipo de atitude, mas grossa... não precisa.

Eu lembro que quando eu tinha uns 22 ou 23 anos, trabalhava com treinamento, tinha contato com centenas de pessoas diariamente, minha chefe dizia que eu era "humana" de mais, que me apegava e demonstrava carinho em excesso pelas pessoas. Sabe aquelas criaturas que chega abraçando e beijando todo mundo? Faz carinho, distribui sorrisos, brinca com todos...?
Quem me conhece hoje, nem imagina, mas eu era assim. E depois de aprender a segurar este "impulso", esqueci este meu lado, me tornei uma pessoa mais séria, desconfiada, tímida, introspectiva, medrosa.

E desta forma eu me fechei tanto que me perdi. Provavelmente afastei pessoas de perto de mim, e só agora com quase 28 anos eu estou conseguindo me abrir e voltar a ser o que eu era antes. Sim, porque além de sincera eu sou extramamente radical, não existe meio termo... é 8 ou 80, ou eu sou a mais querida do mundo ou a mais insuportável.

Eu sei que algumas pessoas podem vir a estranhar meu comportamento a partir de agora, mas esta é a verdadeira, a que estava escondida, guardada a 200 chaves, que eu sempre tive medo de expor para não ser mau interpretada. Dane-se quem interpretar mau, sinto muito mesmo. Mas eu sou assim.